O feriado é celebrado na última segunda-feira de maio, quando o tempo começa a esquentar e a maioria da escolas e universidades entra em recesso no verão, marcando o Dia de Recordação como o começo não oficial do verão.
Nesse feriado de três dias, muitas pessoas viajam para visitar amigos e parentes. Eles participam de eventos que variam de encontros comunitários a grandes competições esportivas. Calcula-se que a corrida automobilística Indy 500 (de Indianápolis), atraia umas 300 mil pessoas no sábado anterior ao Dia de Recordação.
Mas muitos americanos também visitam cemitérios, onde voluntários muitas vezes fincam bandeiras americanas nos túmulos. No Dia de Recordação propriamente dito, um momento de silêncio de âmbito nacional é dedicado às 15h horário local para lembrar os mortos de guerra.
Apesar da alegria dos americanos com a chegada do verão, pode-se também perceber seu estado de espírito sombrio. O Dia dos Veteranos, em contraste, homenageia todos os que servem ou serviram em defesa do país e é celebrado com festividades na mesma data todo ano, 11 de novembro.
História do Dia de Recordação
A Guerra Civil Americana de 1861 a 1865 causou a morte de mais de 550 mil pessoas. Durante esses anos, muitos cidadãos começaram a depositar flores nos túmulos dos mortos de guerra. Muitas cidades do norte e sul do país alegam ser os criadores do Dia de Recordação, mas em 1966, o presidente Lyndon B. Johnson proclamou Waterloo, em Nova York, seu local de origem oficial.
Em 1865, Henry Welles, farmacêutico de Waterloo, sugeriu que a cidade fosse escolhida formalmente para honrar os mortos na guerra. No ano seguinte, Waterloo realizou a primeira celebração formal de um dia dedicado a homenagear os mortos de guerra.
Em 1868, John A. Logan, ex-general da Guerra Civil e fundador de uma organização de veteranos de guerra, ampliou a ideia ao sugerir que 30 de maio fosse a data anual para recordar os números maciços de mortos durante a turbulência da nação dividida. Designado “Dia de Decoração”, acredita-se que a data tenha sido escolhida porque as flores estariam florescendo em todo o país.
Na virada do século, quase todos os estados haviam declarado o “Dia de Decoração” feriado oficial. Após a Primeira Guerra Mundial, o Dia de Decoração foi ampliado para honrar os mortos em todas as guerras do país, e após a Segunda Guerra Mundial, se tornou conhecido como Dia de Recordação.
Dentre as cerimônias realizadas no primeiro Dia de Decoração, uma ocorreu no Cemitério Nacional de Arlington em Virgínia, na outra margem do rio Potomac vista de Washington. O presidente Ulysses S. Grant presidiu. Após os discursos e tributos, milhares de órfãos, veteranos de guerra, entre outros, decoraram os túmulos dos mortos da Guerra Civil. Havia mais de 20 mil túmulos no Cemitério de Arlington propriamente dito.
Essa tradição continua. O presidente ou vice-presidente dos EUA tipicamente preside em uma cerimônia do Dia de Recordação no Cemitério Nacional de Arlington fora de Washington e depositam uma coroa de flores no Túmulo dos Desconhecidos, também conhecido como Túmulo do Soldado Desconhecido. À noite, a Orquestra Sinfônica Nacional realiza um concerto patriótico gratuito no gramado da frente do Congresso. Celebrações solenes serão realizadas em locais de batalha da Guerra Civil, incluindo Gettysburg, na Pensilvânia, e Sharpsburg (Antietam), em Maryland.
Enquanto isso, em Waterloo, as festividades incluem uma parada, uma feira de artesanato, um festival de morango, música, visitas ao Museu do Dia de Recordação da cidade e um show de carros antigos. Conhecedores da Guerra Civil trajando uniformes e vestidos da época erguem um acampamento de duas noites em um parque da cidade e apresentam uma demonstração ao vivo de tiros de canhão. Muitos estados sulistas também têm seus próprios dias para homenagear os Confederados mortos.
Em 1971, o Congresso designou o Dia de Recordação como feriado federal e fixou sua celebração na última segunda-feira de maio.